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Hora de sair da bolsa? Crise assusta investidor, mas traz importante lição para novato

SÃO PAULO - Aplicar na bolsa quando as manchetes avisam: "Bolsa cai pela segunda sessão consecutiva", sem dúvida, não parece ser atraente. Entretanto, o histórico das aplicações em renda variável mostra que, no longo prazo, investir em ações é interessante e traz retornos superiores à renda fixa, ainda mais agora com a queda dos juros.

Mas será que com a queda recente dos mercados internacionais esta é a hora de sair da bolsa e retornar para a renda fixa? Pressionado por problemas no segmento de crédito imobiliário de alto risco, o subprime, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, já recuou quase 9% em menos de um mês.

"O mercado ainda deve seguir ao sabor das notícias do segmento subprime", diz o sócio da Paraty Investimentos, Marco Franklin. Portanto, a volatilidade deve seguir presente nos mercados.

Vender?

Para o analista sênior da Victoire Finance Capital, César Augusto Mezomo, o investidor que planejou ganhos maiores deve esperar. "Se o investidor fez a lição de casa e colocou apenas uma parte dos seus recursos na bolsa, deveria pensar a bolsa como aposta de longo prazo".

Segundo ele, para quem possui este perfil, a recomendação é seguir na aposta. "A bolsa caiu, mas depois pode subir, seja na semana que vem ou daqui a dois meses". A volatilidade assusta, mas não deve preocupar quem não espera retornos no curto prazo.

No ano passado, entre meados de maio e junho, a Bovespa registrou uma expressiva queda de 28%. O Ibovespa despencou do patamar dos 42 mil pontos para 32.800 pontos. À época, preocupações com o ritmo de crescimento da economia norte-americana desencadearam uma elevação do grau de aversão ao risco.

Passada a turbulência, a bolsa retomou a rota ascendente e encerrou 2006 com uma valorização de 32,9%. Em 2007, apesar da recente crise nos mercados, o Ibovespa acumula uma valorização de aproximadamente 20%, se configurando, ainda, como bom investimento no ano.

Aprendendo com a queda

Mesmo acreditando que esta nova tendência de baixa da bolsa não ficará por muito tempo, uma importante lição pode ser tirada deste cenário. Investir em ações traz retornos interessantes, mas é arriscado e é bom não exagerar. "É preciso tomar cuidado para não errar o pé", lembra Mezomo.

"O investidor pessoa física precisa ir devagar na bolsa. Para isso, ele pode investir em fundos ou apenas uma parte do patrimônio. Se a bolsa cair muito e ele precisar do dinheiro, terá prejuízo", completa.

Perspectivas

Em análise atualizada sobre a renda variável brasileira, a Itaú Corretora não rebaixou projeções anteriores, apesar da crise. Ao contrário, destacou que a bolsa continua atraente e estipulou o preço-alvo de 67 mil pontos para o Ibovespa ao fim de 2007.

Os argumentos da instituição baseiam-se em melhores dados macroeconômicos e no desconto frente a pares globais. Fundamentos que falam mais alto, deixando o prejuízo recente como mero ajuste casual.

Além disso, lembra o economista chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, a economia brasileira, apesar de alguns desafios a serem enfrentados, "deve ter bom ritmo de crescimento nos próximos trimestres, com foco no mercado interno. Ou seja, as perspectivas para as empresas do país são favoráveis".

Fonte: http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/infomoney/2007/08/10/ult4040u6164.jhtm

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