Mercado pode se recuperar de forte realização de lucros nesta segunda-feira

Por: Gustavo Kahil
07/01/08 - 09h36
InfoMoney

SÃO PAULO - O dia não traz muitas notícias positivas. A agenda é fraca e o mercado se prepara para recuperar parte das fortes perdas registradas nos mercados financeiros na última sessão depois da publicação de dados negativos nos EUA.

O Relatório de Emprego publicado na última sexta-feira (4) mostrou que a economia norte-americana ganhou 18 mil postos de trabalho em dezembro, o menor número registrado desde agosto de 2003.

Corte no juro
"O relatório sugere que o Federal Reserve irá cortar o juro básico mais uma vez no final de janeiro com a única dúvida sendo o patamar do corte, 25 pontos-base ou 50 pontos-base", avalia a equipe da consultoria norte-americana First Trust Advisors.

Não há, contudo, expectativa de mudança do cenário no curto prazo. "(...) a cautela deve prevalecer nos mercados financeiros, dificultando a retomada do viés de alta nas bolsas", aponta Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin.

Fed leiloa
O Fed anunciou na última sexta-feira que os dois leilões programados em janeiro pelo novo instrumento de política monetária chamado de TAF (Term Auction Facility) terão mais recursos. O montante que será distribuído em cada leilão foi elevado de US$ 20 bilhões para US$ 30 bilhões.

Para o banco UBS, em relatório publicado nesta segunda-feira, a nota do Fed tem um tom positivo. "O TAF tem sido efetivo em diminuir os spreads da Libor e em reduzir os riscos dos empréstimos no sistema bancário".

Perspectivas
"O Ibovespa tem resistências superiores próximas aos 65.000 pontos, 66.500 pontos e 67.600 pontos, com suportes inferiores na casa dos 62.300 pontos, 61.000 pontos e 59.400 pontos", avalia Hamilton Moreira Alves, analista do BB Investimentos.

Para Miriam Tavares, diretora e economista da AGK Corretora de Câmbio, "mesmo que o cenário esteja negativo, o índice deve resistir a uma queda que o leve abaixo dos 60 mil pontos".

Nesta segunda-feira, as principais bolsas da Europa operam em leve alta e, nos EUA, as negociações dos mercados futuros indicam uma abertura das bolsas em Wall Street no campo positivo.

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