Pular para o conteúdo principal

O que é Investment Grade? Rating: seu conceito, forma de cálculo e importância para o mercado

"O grau de investimento é uma espécie de nota dada a um país a partir da avaliação concedida pelas principais agências de classificação de risco, como a Fitch Ratings, Moody’s e Standard & Poor’s. Vários fatores são levados em conta, como as reservas internacionais, dívida governamental, a liberdade de imprensa e a distribuição de renda. O Brasil foi considerado investment grade em 30 de abril de 2008 pela agência de avaliação S&P. Em tempo, as demais agências devem conceder o mesmo status no decorrer do mesmo ano."

Muita gente já se deparou com o termo rating, porém não tem uma visão clara a que isso se refere. Em poucas palavras, o rating, ou classificação de risco, se refere ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação estruturada.

Ele busca mensurar a probabilidade de default de obrigações financeiras, ou seja, o não pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o rating se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.

Agências de classificação

As empresas freqüentemente pagam para terem suas dívidas classificadas em termos de risco de crédito. Isso porque muitos investidores resistem ou têm limitações legais em comprar títulos sem conhecer seu rating.

As três principais organizações que prestam esse serviço em escala global são as norte-americanas Moody´s, Standard & Poors´s (S&P) e Fitch Ratings. A classificação é revista periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) de uma empresa ou país pode se alterar de um período ao outro.

Forma de classificação

As definições usadas baseiam-se na probabilidade de inadimplência da empresa e na proteção que os credores têm nesse caso. Para realizar uma classificação de risco de crédito, as agências de rating recorrem tanto a técnicas quantitativas, como análise de balanço, fluxo de caixa e projeções estatísticas, quanto a análises de elementos qualitativos, como ambiente externo, questões jurídicas e percepções sobre o emissor e seus processos.

Além de a classificação envolver avaliação de garantias e proteções (hedge) contra riscos levantados, ela também incorpora o fator tempo. Este último influencia a definição do rating, pois maiores horizontes implicam em maior imprevisibilidade. Desta forma, uma mesma empresa pode apresentar títulos de dívida com diferentes notas, de acordo com as garantias oferecidas, prazos estabelecidos, dentre outras características.

As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3, são consideradas como investment grade, ou grau de investimento, enquanto as abaixo são consideradas como speculative grade, ou de grau especulativo.

Tipos de ratings

Existem duas escalas diferenciadas para os ratings: internacional e nacional. Um rating em escala internacional pode ser tanto em moeda local como em moeda estrangeira e representa uma medida absoluta da capacidade de pagamento das dívidas denominadas, respectivamente, em moeda local ou estrangeira. Os ratings em escala internacional, sejam em moeda local ou estrangeira, são comparáveis entre países.

Já os ratings em escala nacional não são comparáveis em escala internacional. Classificações similares em escala nacional de emissores em países diferentes podem mostrar grandes diferenças na capacidade de pagamento. Por exemplo, um rating AAA (bra) na escala brasileira não é comparável com um AAA (chl) ou AAA (ven) nas escalas chilena e venezuelana, respectivamente.

Rating em moeda local e moeda estrangeira

Considerando que sejam definidos em escala internacional, tanto os ratings em moeda estrangeira como os em moeda local são comparáveis internacionalmente. Ratings em moeda local medem a probabilidade de pagamento na moeda do país e na jurisdição em questão. Eles excluem o efeito do risco-país e o risco de transferência, não refletindo a possibilidade de os investidores virem a ter dificuldades para repatriar o recebimento de principal e juros.

Entre outros, o objetivo deste rating é permitir ao investidor comparar o risco de emissor de diferentes países, ou até mesmo de um mesmo país, isolado de riscos de transferência.

Prazo e comparação com risco país

As agências também diferenciam os ratings de acordo com prazo. O rating de curto prazo refere-se à capacidade de pagamento de uma obrigação financeira de até 12 meses. Já obrigações com prazo superior a 12 meses passam a receber classificação de longo prazo.

É importante destacar que os conceitos de risco país e de rating soberano são bastante diferentes. Enquanto um se refere a uma medida de rentabilidade calculada pelo banco norte-americano JP Morgan, o rating mede a capacidade de pagamento. Muitas vezes, no entanto, países com ratings elevados apresentam risco país mais baixo, e vice-versa, indicando uma relação entre os dois indicadores.

Fonte: www.invistamais.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bolsas dos EUA se recuperam e abrem em alta

Por: Equipe InfoMoney 23/10/07 - 11h50 InfoMoney SÃO PAULO - Wall Street abriu em alta nesta terça-feira (23). Em dia de fraca agenda de indicadores norte-americanos, o clima positivo dos mercados é impulsionado por bons resultados corporativos, que reduzem as preocupações com os efeitos da crise financeira na economia real dos EUA. Logo pela manhã, a AT&T, maior companhia de telecomunicações dos Estados Unidos, divulgou um lucro líquido de US$ 3,1 bilhão no terceiro trimestre, o que representa um aumento de 42% com relação ao mesmo período do ano anterior. Outro fator que melhorou o humor dos investidores foram os resultados corporativos no after market da última segunda-feira. A Apple e a American Express anunciaram ganhos acima das expectativas do mercado. Os investidores aguardam ainda novos resultados agendados para esta sessão. Os balanços da Amazon.com, da Ford e da AK Steel são alguns destaques que devem movimentar os merc...

Alta das bolsas

Bom dia a todos ! Pelo jeito hoje as bolsas devem continuar em rítmo de alta. Uma porque a agenda hoje é fraca, isto é, não tem nenhuma notícia ou índice a ser anunciado hoje e depois porque ontem os investidores ficaram mais tranquilos quando alguns dos grandes bancos detalharam suas contas a respeito da crise, mostrando que o impacto não fora tão grande. As bolsas asiáticas fecharam com grandes altas nesta terça-feira, isso pode refletir um momento bom aqui nas bolsas acidentais, inclusive para a BOVESPA. De acordo com o g1.com.br: "A decisão dos grandes bancos de contabilizarem suas perdas com ativos ligados ao segmento de financiamento imobiliário de alto risco norte-americano, incluindo o Citigroup, reduziram os temores de que a crise de crédito pudesse tirar a economia global dos trilhos." Ainda com o g1.com.br: "Os principais mercados acionários da Ásia bateram novos recordes de alta nesta terça-feira (02/10/2007) puxados pelo comportamento das empresas financeira...

Mercados na Asia tiveram forte valorização

Bom dia a todos !! Aqueles que entraram no IPO da Bovespa, o final de semana foi uma maravilha? ou não foi? hehehe Mas hoje é capaz do mercado subir aqui no Brasil, pois as bolsas asiáticas fecharam o pregão nesta Segunda-feira em forte alta: A bolsa do Japão (Nikkei) em +1,17% e a de Shanghai em +2,83%, com a expectativa de corte de juros pela Banco Central Americano, o FED. Com o corte da taxa de juros nos EUA, deve impulsionar o crescimento econômico do Pais, refletindo maior consumo e com isso maiores importações. Os outros paises agradecem a compra de seus produtos, pela maior economia do Mundo. Os EUA crescem, junto vai seus fornecedores, hehehe. Um grande abraço a todos e Ótimo$ Rendimento$. Cristiano Brasil