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Bolsa 2009: previsões variam entre alta de 30% e de 140%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tende a continuar operando com instabilidade nos primeiros meses de 2009; mais tarde, no segundo semestre, deve iniciar uma trajetória de recuperação. A avaliação é um consenso entre 11 corretoras de valores ouvidas pelo UOL.

Quando se trata de previsões numéricas, no entanto, o que prevalece é o dissenso entre os analistas. Das 11 corretoras consultadas, nove arriscaram uma estimativa para a pontuação da Bolsa em 2009, mas as demais preferiram não fechar projeções, ao menos por enquanto, devido ao momento de incerteza no mercado financeiro mundial (veja quadro abaixo).



Entre as nove que calcularam projeção, todas fizeram alguma ressalva, apontando que o cenário é difícil de trabalhar. Cinco delas indicaram ainda uma carteira de ações para 2009.

Os números apresentados variam muito. A mais pessimista, a Banif, prevê o Ibovespa (indicador de referência da Bolsa brasileira) com 48.600 pontos no final de 2009, o que corresponde a uma alta de pouco mais de 30% em relação ao patamar atual, de cerca de 37 mil pontos.

A mais otimista, a Solidez, projeta o Ibovespa com 90 mil pontos em dezembro do ano que vem, um salto de mais de 140% sobre os cerca de 37 mil pontos atuais. "Em 2009, acredito que a recuperação seja evidente, com programas de recuperação macroeconômica, e o Brasil sendo privilegiado com o pós-crise", afirma Daniel Depoian, do home broker da Solidez.

Catarina Pedrosa, da corretora do Banif, avalia que o primeiro semestre "vai ser muito difícil" e prevê recuperação moderada na segunda metade de 2009.

Governo e analistas acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil sofrerá, no mínimo, uma desaceleração em 2009, devendo iniciar uma trajetória de recuperação no ano seguinte. Com isso, a Bolsa tende a antecipar, nos últimos meses do ano que vem, a melhora prevista para a economia do país a partir de 2010.


Descolamento
"Vários elementos devem propiciar um descolamento do Brasil em relação às outras economias", afirma Paulo Esteves, analista-chefe da Gradual Investimentos.

A "boa situação das contas públicas", as eleições (que geram grandes despesas), a necessidade de investimentos em infra-estrutura e a recuperação parcial do preço do petróleo estão entre os fatores da possível melhora da economia brasileira a partir de 2010.

Esteves prevê, ainda, que a Bolsa começará a refletir os investimentos para a Copa do Mundo, a ser realizada em 2014 no Brasil.

Segundo ele, o campeonato mundial de futebol costuma ter um impacto maior que a Olimpíada na economia de um país, por ocorrer em várias cidades, movimentando os setores aeroportuário, hoteleiro e de transporte.

Refúgio contra incerteza
Alguns analistas preferiram simplesmente não fazer previsões para a Bolsa no ano que vem, devido à instabilidade econômica internacional.

"Projetar nesse momento é uma tarefa árdua. Estamos modificando algumas premissas quase semanalmente", afirma Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora.

"Há pouco tempo, a Vale pleiteava um reajuste do preço do minério de ferro. Hoje, ela já considera até corte", diz Edson Cordon, gestor de recursos de renda variável do Banco Alfa.

Dada a imprevisibilidade, a indicação é buscar refúgio em setores "que não dependem de uma economia extremamente aquecida", segundo Cordon.

Ele cita os ramos de telefonia, distribuição de energia elétrica, consumo popular e intermediação comercial (como cartão de crédito e outros serviços).

Fonte: Por Sílvio Crespo
www.uol.com.br

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