Pular para o conteúdo principal

Análises técnica e quantitativa sugerem alta

Por Daniele Camba e Adriana Cotias, de São Paulo
20/08/2008

Caetano, do Ibmec-SP: recuperação para a casa de 77 mil pontos até dezembro

Num momento em que a bolsa brasileira responde pouco a fundamentos, adeptos das análises quantitativa, baseada em modelos matemáticos, e técnica, que busca padrões gráficos históricos para prever a direção dos preços, vislumbram um cenário de recuperação para a Bovespa e os carros-chefes Petrobras e Vale.

Por uma técnica quantitativa batizada de "waveletes" (pequenas ondas) - adaptada ao mercado brasileiro a partir do modelo desenvolvido pelo geofísico Didier Sornette, do Departamento de Ciências Terrestres e Espaciais da Universidade da Califórnia, - desde que perdeu os 58 mil pontos, o indicador esbarrou no seu limite de reversão, segundo o professor do Ibmec-SP, Marco Antonio Leonel Caetano. O pesquisador, que desenvolveu a metodologia com o o professor Takashi Yoneyama, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), identifica nas freqüências de oscilações do índice uma tendência temporal, enxergando uma recuperação para a casa dos 77 mil pontos até o fim do ano.

E é mudando a sintonia para a análise fundamentalista que Caetano pondera que talvez esta seja a hora boa para entrar na renda variável, antecipando-se às futuras reações. "Os papéis estão visivelmente subavaliados, não condizem com a realidade de indicadores como Preço/Lucro ou retorno em dividendos, está tudo muito fora da ordem." Para o especialista, a recente derrocada das commodities é temporária porque países populosos como Índia e China alcançaram um novo padrão de consumo de alimentos, que continuará se refletindo na demanda por produtos da pauta brasileira de exportação. "Mesmo na Europa, a curva de expectativa de vida só aumenta, os campos de produção são poucos e, cedo ou tarde, esses mercados terão de promover uma maior abertura."

O Índice de Força Relativa (IFR) - indicador que mostra se o movimento do mercado, seja de alta ou de queda - está perdendo ímpeto, aponta que o fluxo de vendas nas ações da Petrobras e Vale está perdendo terreno, diz o economista-chefe da Plenus Gestão de Recursos e diretor da área de relações internacionais da ESPM-RJ, Alexandre Espírito Santo. Esse índice varia de 0 a 100, sendo que, quando o movimento é consistente, o indicador acompanha o mercado. Ou seja, se o mercado está em alta e o IFR sobe, é sinal de que as compras estão ganhando força. O mesmo vale para a queda: mercado e IFR caindo significa consistência na baixa.

As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras atingiram ontem mínima de R$ 30,81 e o IFR, de 40, sendo que a última mínima do papel tinha sido no dia 5, de R$ 31,80, e o IFR era de 26. "A ação veio caindo enquanto o IFR subiu, o que mostra que o papel foi ficando cada vez mais 'sobrevendido' (vendas em excesso), portanto, um forte indício de que a onda de vendas está chegando à exaustão", diz Espírito Santo.

O mesmo está acontecendo com a Vale: as ações caindo e o IFR em alta. Espírito Santo lembra que, historicamente, quando o desempenho das ações e o IFR caminham para lados opostos, o indicador é que predomina.

Os múltiplos como Preço/Lucro (P/L, que dá uma idéia do tempo de retorno) também mostram como os papéis estão atrativos. O P/L da Petrobras para 2009 é de 7,5 vezes, enquanto o da Petrochina é de 11 vezes e o da Exxon Mobil de 8,5 vezes, afirma Espírito Santo.

Fonte: Valor Econômico

Matéria retirada do jornal Valor Econômico, onde a ciência, matemática e física, vem somente confirmar o que sempre falamos quando a alta defasagem dos preços no mercado de ações e seu potencial de crescimento para os próximos períodos.
Portanto meus amigos, vamos aproveitar para fazer nossas posições de compra.

Cristiano Brasil

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Perspectivas para o fim de ano continuam boas, apesar das turbulências

Por: Rodolfo Cirne Amstalden 16/11/07 - 13h30 InfoMoney SÃO PAULO - Após a forte queda de 4,34% na segunda-feira, o Ibovespa voltou aos 64 mil pontos nos dois pregões subseqüentes. Recuperação que confere credibilidade ao suporte do índice e às perspectivas para o final do ano. Os meses de novembro e dezembro são tradicionalmente conhecidos pela sazonalidade favorável às bolsas. Em 2007, tal padrão foi questionado pela volatilidade decorrente da crise do subprime . No entanto, o rumo recente do mercado, que transforma realizações em meros tropeços, devolve o otimismo às apostas. Final feliz O estrategista de renda variável da Infinity Asset, George Sanders, está entre os que confiam na guinada dos dois últimos meses. Mas com uma condição fundamental: "Pode ser um final de ano muito bom se as bolsas dos EUA permitirem". Por ora, elas vêm barrando a euforia. À mercê das preocupações com os impactos do subprime , o índice Dow Jo...

Acabaram-se as festas de Final de Ano

Fonte: http://www.chargeonline.com.br

Cartão, dinheiro ou cheque? Consumidor deve denunciar se preços forem diferentes

Por: Gladys Ferraz Magalhães 17/02/09 - 16h00 InfoMoney SÃO PAULO - Apesar de proibido, é muito comum que, ao realizar suas compras, o consumidor se depare com preços diferentes para pagamentos à vista no cartão, cheque ou dinheiro. Neste momento, o que fazer? De acordo com o diretor de fiscalização da Fundação Procon-SP, Paulo Arthur Góes, a denúncia é a única arma para que a prática deixe de ser um hábito entre os comerciantes brasileiros. Na opinião do diretor, a cobrança diferenciada , conforme a forma de pagamento, não se justifica, visto que a compra paga com cartão de débito ou em parcela única no cartão de crédito, satisfaz todos os quesitos de compra e venda. "Com o pagamento no cartão, o comerciante tem a certeza de que irá receber o dinheiro, o que faz este meio de pagamento muito mais seguro que o cheque, por exemplo. Além disso, o lojista não é obrigado a trabalhar com cartão, ao aderir esta forma de pagamento há uma cláusula dizen...