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Corte no juro dos EUA dá força à recuperação e Ibovespa sobe mais de 4%

Por: Equipe InfoMoney
22/01/08 - 15h30
InfoMoney

SÃO PAULO - Após uma véspera de perdas generalizadas aos mercados globais, o corte emergencial no juro básico pelo Fed dá força para um movimento de recuperação às principais praças financeiras ao redor do mundo. Por aqui, o Ibovespa - principal índice de ações - sobe mais de 4%, enquanto o dólar comercial volta a cair.


Em resposta ao avanço da crise de crédito, o Federal Reserve anunciou no período da manhã uma redução de 75 pontos-base na Fed Funds Rate, para 3,50% ao ano, além de corte de mesma magnitude na taxa de redesconto norte-americana.


Tendo em vista os fortes reflexos da crise nos últimos indicadores divulgados, a medida já era aguardada por parte do mercado, e rumores na abertura dos negócios já consideravam a possibilidade do corte vir antes mesmo da reunião agendada para o final de janeiro.


Mesmo com a resposta positiva das bolsas européias e forte recuperação do mercado brasileiro após o anúncio, o ajuste frente às bruscas perdas da última sessão por conta do feriado nos Estados Unidos na segunda-feira ainda coloca as principais bolsas norte-americanas no vermelho. Ainda assim, a medida do Fed trouxe considerável redução das perdas às mesmas, que chegaram a registrar baixas expressivas na abertura dos negócios.


Copom e noticiário corporativo também em foco no Brasil

Internamente, o agitado noticiário externo ainda se une a ocorrências de peso no plano corporativo. O grande destaque fica por conta da descoberta de nova reserva de grandes proporções pela Petrobras, fator que coloca os ativos da empresa entre as maiores valorizações do mercado doméstico. As ações da empresa ajudam a puxar para cima o Ibovespa.


A agenda doméstica ainda marca o primeiro dia de reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Projeções consensuais do mercado apontam para a manutenção da taxa Selic em 11,25% ao ano, apesar do placar da decisão ser motivo de dissenso entre os analistas.


Ibovespa em recuperação; dólar volta a cair

Em meio a este cenário, o Ibovespa avança 4%, sendo cotado acima da margem dos 55.800 pontos e apagando parte das perdas acumuladas na sessão anterior. O volume financeiro já ultrapassa R$ 4,77 bilhões, com forte participação dos ativos da Petrobras.


No mercado de câmbio, o dólar comercial reage à melhoria do cenário e recua 1,31%, cotado a R$ 1,8060.


Maiores altas e baixas

Após o anúncio da jazida de Júpiter, os papéis da Petrobras entram em evidência, e acumulam expressivos ganhos. As ações ordinárias da empresa avançam 10,51% e lideram as altas do Ibovespa, enquanto as preferenciais se valorizam em quase 9%.


Na contramão, os ativos da Natura resistem à tendência positiva do Ibovespa e apresentam baixa de 3,12%, estendendo as perdas das últimas sessões. Desde o início do ano, as ações da companhia somam desvalorização superior a 10%.


Entre os destaques de alta estão os papéis de Petrobras ON (PETR3, +10,51%), Vivo Part PN (VIVO4, +9,61%), Sid Nacional ON (CSNA3, +9,25%), Klabin PN (KLBN4, +8,92%) e Petrobras PN (PETR4, +8,84%).


Por outro lado, as ações Natura ON (NATU3, -3,12%), Cyrela Com. Prop. ON (CCPR3, -2,82%), Net PN N2 (NETC4, -2,77%), AM Inox BR PN (ACES4, -1,12%) e Telemar NLeste PNA (TMAR5, -1,08%) apresentam pior desempenho.


Os maiores volumes ficaram com Petrobras PN (PETR4, R$ 1,06 bilhão), Vale Rio Doce PNA (VALE5, R$ 595,14 milhões), Petrobras ON (PETR3, R$ 279,53 milhões), Bradesco PN (BBDC4, R$ 195,18 milhões) e Vale Rio Doce ON (VALE3, R$ 186,96 milhões).

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